Capex e Opex em TI: como utilizá-las a seu favor?

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Por Marcos Lima

A computação em nuvem, ou “cloud computing”, transformou a forma como empresas de todos os tamanhos gerenciam seus recursos de TI e, principalmente, como controlam seus custos. Com a nuvem, não é mais necessário investir em equipamentos caros que rapidamente se tornam obsoletos, permitindo que as empresas se concentrem em seu core business.

Duas categorias de despesas fundamentais se destacam neste cenário: Capex (despesas de aquisição de bens de capital) e Opex (despesas operacionais). Compreender essas categorias é crucial para otimizar os custos da sua operação em nuvem e maximizar a eficiência financeira.

Entendendo Capex e Opex

Capex refere-se a investimentos em bens de capital, como servidores físicos e infraestrutura de data centers, em que a despesa é realizada de forma antecipada e integral. Já Opex são despesas operacionais contínuas, como custos de manutenção, licenças de software e serviços de assinatura ou sob demanda.

Com a computação em nuvem, muitas empresas passaram de um modelo predominantemente Capex, focado na aquisição de infraestrutura, para um modelo Opex, no qual delegam os custos e a manutenção a empresas especializadas. Em vez de investir pesadamente em infraestrutura física, as empresas podem agora contratar serviços na nuvem e pagar apenas pelo que utilizam.

Instâncias reservadas: um caso especial

Embora a maioria dos serviços de computação em nuvem se encaixe no modelo Opex, as instâncias reservadas (reserved instances) representam uma exceção significativa. Essas instâncias permitem que as empresas paguem antecipadamente por capacidade de computação, obtendo um preço mais baixo em troca de um compromisso a longo prazo. 

Esse modelo pode oferecer economias e previsibilidade semelhantes às do Capex, desde que bem planejado. Identificar desvios e aproveitar descontos pode justificar o investimento inicial.

A gestão da qualidade e os custos

Para otimizar custos, as equipes de TI precisam estar confortáveis com compromissos de médio prazo e planejar eficientemente. Aplicativos mal dimensionados ou mal projetados podem levar a custos elevados, como um trecho de código não otimizado, por exemplo.

Startups, que frequentemente enfrentam variações rápidas na demanda, podem achar o modelo sob demanda mais adequado até atingirem um estágio de crescimento mais estável. No entanto, mesmo no modelo sob demanda, é essencial manter um controle rigoroso sobre o projeto e a arquitetura para evitar que os gastos com infraestrutura inviabilizem o negócio. A qualidade de uma solução também pode ser observada pelos custos que ela gera.

Impacto no balanço patrimonial

Do ponto de vista contábil, as despesas Capex são registradas como ativos de longo prazo, enquanto Opex são despesas imediatas. Para grandes empresas, a forma como esses custos são registrados pode impactar significativamente o balanço patrimonial. 

Investimentos em instâncias reservadas podem melhorar a previsibilidade dos custos e transmitir uma imagem mais estável aos investidores e analistas financeiros, permitindo um planejamento financeiro e estratégico mais eficaz.

Em casos em que a disponibilidade de infraestrutura é crítica, a modalidade HaaS (Hardware as a Service) também se aplica, seguindo os mesmos conceitos.

Modelos híbridos: previsibilidade e escalabilidade

O modelo híbrido, que combina uso sob demanda com instâncias reservadas, tende a oferecer bons resultados ao aliar previsibilidade e escalabilidade. Esse modelo é uma alternativa estratégica eficaz.

Lembre-se: a qualidade do produto e da arquitetura de TI é o que realmente faz a diferença. A simplicidade, eficiência e segurança, em escala, gerarão resultados exponenciais. Uma revisão contínua dos processos é fundamental. Infraestrutura e desenvolvimento devem trabalhar em conjunto, independentemente do tamanho da empresa, e não serem completamente segregados para que, juntos, possam fazer as melhores escolhas.

*Marcos Lima é engenheiro de software e cofundador da Celeste AI.

 

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