Gemini: tudo sobre a nova inteligência artificial do Google

A versão Ultra da nova tecnologia é considerada o modelo de linguagem de IA mais inteligente disponível atualmente; tecnologia irá apoiar outros produtos do portfólio da big tech

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Por Isabella

O mais novo e poderoso modelo de inteligência artificial do Google já está disponível para uso. O Gemini foi desenvolvido para ser a “IA carro-chefe” da big tech, e foi a primeira ferramenta de IA a superar a capacidade humana em um teste de habilidades gerais.

A seguir, conheça mais sobre as suas funcionalidades e como utilizá-lo.

O que é Gemini?

O Gemini é um modelo de linguagem multimodal (LLM, na sigla em inglês), o que significa que ele é capaz de organizar, compreender, operar e combinar diferentes tipos de informação, como texto, imagens, vídeo, áudio e código. 

De maneira geral, ele tem as seguintes capacidades:

  • Conduzir conversas humanas em estilo natural;
  • Compreender e interpretar imagens;
  • Programar de maneira eficaz;
  • Analisar e manipular dados;
  • Auxiliar desenvolvedores na criação de novos aplicativos e APIs de IA.

O objetivo é que ele seja a principal IA do Google, apoiando diversos produtos e serviços do portfólio da empresa. Não por coincidência, ele é o resultado de um esforço colaborativo que envolveu vários times da big tech, incluindo equipes do Google Research e Google DeepMind.

Como funciona o Gemini?

O Gemini está sendo lançado em três tamanhos distintos, a fim de garantir escalabilidade e adaptabilidade – a ideia é que ele possa ser integrado aos mais diferentes tipos de serviços, desde os data centers do Google a smartphones.

As suas versões são: Gemini Nano, Gemini Pro e Gemini Ultra.

Gemini Nano: é o modelo mais leve e eficiente, projetado para funcionar em smartphones, como o Google Pixel 8. Realiza tarefas simples, como criar resumos de áudios e sugerir respostas no WhatsApp, e funciona mesmo sem internet.

Gemini Pro: foi projetado para alimentar a versão mais recente do Bard, em mais de 170 regiões e territórios. Ele é capaz de compreender consultas complexas e fornecer respostas com agilidade.

Gemini Ultra: ainda não disponível para uso geral, o Gemini Ultra é considerado pelo Google como seu modelo mais poderoso, desenvolvido para lidar com tarefas de alta complexidade.

Gemini x ChatGPT: qual é melhor?

Segundo pesquisas realizadas pelo próprio Google, o Gemini Ultra é o mais inteligente modelo de linguagem de IA disponível hoje. Ele supera até mesmo o GPT-4 (presente no ChatGPT Plus), da OpenAI, após obter uma pontuação superior em 30 dos 32 benchmarks utilizados para comparar os dois modelos.

Segundo o Google, a sua IA obteve melhor desempenho em áreas como matemática, programação e na maioria dos testes de lógica e compreensão. A única categoria em que ele tropeçou foi no teste de compreensão de senso comum para uso cotidiano, obtendo 87,8% contra 95,3% do GPT-4.

Já nos testes MMLU (compreensão massiva de linguagem multitarefa), o Gemini Ultra obteve uma média geral de 90%, enquanto o GPT-4 alcançou uma média de 86,4%. O resultado superou inclusive o de especialistas humanos.

Como usar o Gemini?

Por enquanto, a melhor forma de utilizar o Gemini é através do Bard, em sua versão em inglês. Sendo assim, o usuário brasileiro precisa alterar o idioma da sua conta do Google para começar a utilizar a IA.

Para fazer isso, basta seguir o passo a passo:

  1. Acesse a sua conta do Google;
  2. Clique nos três pontos no canto superior direito da tela e entre em “Configurações”;
  3. Selecione a opção “Gerenciar sua conta do Google”;
  4. Clique em “Informações pessoais” na lateral esquerda da tela;
  5. Procure por “Preferências gerais para a Web”;
  6. Selecione “Idioma” e escolha o inglês.

Desde 13 de dezembro, desenvolvedores e empresas também podem acessar a versão Pro através do Google AI Studio e Google Cloud Vertex AI. Já o Gemini Ultra passará por verificações de segurança adicionais antes de ser lançado em 2024.

O Gemini é seguro?

O Google diz que o Gemini passou por testes extensos e rigorosos a fim de evitar conteúdo inapropriado e informações imprecisas, afirmando que esse promete ser o modelo de IA com avaliações de segurança mais abrangentes.

Foram implementados classificadores dedicados a identificar conteúdos violentos ou com estereótipos negativos, e filtros para garantir precisão e credibilidade nas informações fornecidas. A empresa tem, inclusive, trabalhado com especialistas externos na busca de pontos cegos da ferramenta.

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